Tem como tema o consumo de drogas, o tráfico nacional /
internacional e o universo das baladas e raves. O filme não apresenta uma
história com uma sequência cronológica. É apresentado ao espectador 3 momentos
diferentes de interação entre as personagens. Podendo dividir esses momentos
em: Presente, Passado recente e Passado longínquo. Onde as cenas de cada
período de tempo são misturadas para que a história seja contada, podendo
compreender a história somente no final, como num jogo de quebra-cabeça. Eu
costumo não gostar desse tipo de filme anacrônico, por confundir o
acontecimento dos fatos. Entretanto, eu achei essa técnica adequada e
interessante para contar essa história, uma vez que os 3 períodos de tempo são
localizados por cenários bem distintos. Permitindo com facilidade identificar e
compreender em que época a história se encontra.
A DJ Érica (Nathalia Dill) vive uma amizade muito intensa
com a jovem Lara (Lívia de Bueno). Juntas, elas participam de um festival de
música eletrônica (rave) no nordeste do Brasil, onde conhecem o estudante Nando
(Luca Bianchi). Ali, os 3 consomem todos os tipos de drogas, vivem um momento
intenso, mas após o festival eles se separam.
Alguns anos depois desse acontecimento Érica e Nando se
reencontram em Amsterdã, aos poucos vão se apaixonando um pelo outro. Ambos
estão mudados, e diante de algumas revelações, apenas Érica passa a se lembrar o
porquê deles se separaram anos antes naquela rave.
Nathalia Dill está bem ousada com a sua protagonista Érica,
fez um excelente trabalho e mostra total e extrema dedicação à sua personagem.
Com uma atuação profunda, Nathalia vai mostrando aos poucos que não é apenas
mais um rostinho bonito nas novelas da Globo.
Vale a pena ir ao cinema para conferir essa obra, que discute
o consumo de drogas de uma maneira coerente e sem demagogias ou falso
moralismo.
O filme é bem próximo da realidade. Não traz estereótipos de
mocinhos ou vilões, apenas personagens com histórias simples, que cometem erros
e acertos em suas respectivas vidas. Cada um é o que é!! Ou como o protagonista
do filme diz “A gente é o que a gente sente”.
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