sábado, 28 de abril de 2012

Paraísos Artificiais


Tem como tema o consumo de drogas, o tráfico nacional / internacional e o universo das baladas e raves. O filme não apresenta uma história com uma sequência cronológica. É apresentado ao espectador 3 momentos diferentes de interação entre as personagens. Podendo dividir esses momentos em: Presente, Passado recente e Passado longínquo. Onde as cenas de cada período de tempo são misturadas para que a história seja contada, podendo compreender a história somente no final, como num jogo de quebra-cabeça. Eu costumo não gostar desse tipo de filme anacrônico, por confundir o acontecimento dos fatos. Entretanto, eu achei essa técnica adequada e interessante para contar essa história, uma vez que os 3 períodos de tempo são localizados por cenários bem distintos. Permitindo com facilidade identificar e compreender em que época a história se encontra.    
A DJ Érica (Nathalia Dill) vive uma amizade muito intensa com a jovem Lara (Lívia de Bueno). Juntas, elas participam de um festival de música eletrônica (rave) no nordeste do Brasil, onde conhecem o estudante Nando (Luca Bianchi). Ali, os 3 consomem todos os tipos de drogas, vivem um momento intenso, mas após o festival eles se separam.
Alguns anos depois desse acontecimento Érica e Nando se reencontram em Amsterdã, aos poucos vão se apaixonando um pelo outro. Ambos estão mudados, e diante de algumas revelações, apenas Érica passa a se lembrar o porquê deles se separaram anos antes naquela rave.
Nathalia Dill está bem ousada com a sua protagonista Érica, fez um excelente trabalho e mostra total e extrema dedicação à sua personagem. Com uma atuação profunda, Nathalia vai mostrando aos poucos que não é apenas mais um rostinho bonito nas novelas da Globo.
Vale a pena ir ao cinema para conferir essa obra, que discute o consumo de drogas de uma maneira coerente e sem demagogias ou falso moralismo.
O filme é bem próximo da realidade. Não traz estereótipos de mocinhos ou vilões, apenas personagens com histórias simples, que cometem erros e acertos em suas respectivas vidas. Cada um é o que é!! Ou como o protagonista do filme diz “A gente é o que a gente sente”.

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